quarta-feira, fevereiro 01, 2006
Amei-te com desejoAproximei-me de ti lentamente
Levemente e com intenções inconfessáveis
Num andar solto e silencioso de pantera
Aproximei-me por trás e passei-te a mão
Ao longo das costas, suavemente
Arranhando levemente e com paixão
Sentindo-te estremecer ofegante
Mordi-te a nuca levemente
Enterrei nos teus cabelos os meus dedos
Engalfinhados de vontade
Perdi-me na tua boca
E com a minha percorri o teu pescoço
Inalei o teu cheiro forte e intenso
Enchi-me de desejo
Tomei-te só para mim
Numa tarde fria de inverno
E no chão junto à lareira
Juntos fizemos acontecer
Ofegante perguntás-te:
Gostáste?
E eu com um sorriso calmo respondi:
Sempre...gosto sempre
E voltáste a perguntar:
Amas-me?
E eu...baixinho respondi:
Já sabes que não...talvez um dia quem sabe
Mas sou tua enquanto estás comigo...só tua